Jogos eletrônicos fazem mal para o cérebro das crianças? O que dizem os especialistas

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Para muitos dos pais e mães que nasceram em uma época onde a tecnologia era algo muito exclusivo e recente, a ascensão dos games é algo que gera bastante dúvida.

Será que eles fazem bem? 

Ou será que jogos eletrônicos fazem mal para o cérebro e o comportamento das crianças?

Esse impasse é um tema que ainda gera polêmica e, portanto, nossa missão aqui será te ajudar a entender mais sobre esse tema. 

Confira a seguir se os jogos fazem mal aos pequenos, como você pode proteger seus filhos dos excessos nos jogos eletrônicos e também quais são os benefícios que podem ser usufruidos.

Faça uma boa leitura!

Jogos eletrônicos fazem mal para o cérebro das crianças e adolescentes?

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Em tempos onde vemos crianças trocando o sonho de ser jogador de futebol pelo desejo de se tornar um gamer profissional, nada mais natural do que ficar em dúvida se os jogos estão realmente fazendo um bem para os jovens, não é mesmo?

Bom, nosso papel aqui não é defender uma bandeira conservadora ou progressista, mas sim falar sobre os fatos e evitar palpites sem fundamentos. 

O primeiro fato é: os games trazem algumas mudanças para o cérebro de quem joga.

Os jogos são divertidos, portanto, ajudam o cérebro a liberar dopamina. 

Com isso, há uma redução na produção de neurotransmissores e uma atenuação da atividade do córtex pré-frontal, que é a parte do cérebro ligada aos julgamentos, tomada de decisão e autocontrole.

Isso significa que os jogos podem sim gerar uma pequena dificuldade para os jovens perceberem que estão passando tempo demais na frente da telinha. 

Como o córtex pré-frontal é uma área que só fica plenamente desenvolvida a partir dos 25 anos, é comum que pessoas que ainda não atingiram essa maturidade tenham dificuldade para discernir se as horas de jogatina estão exageradas. 

Isso pode gerar problemas, tais como dificuldade para cumprir horários, seja a hora de dormir ou o momento de dar um pause e se alimentar. 

Então, jogos eletrônicos fazem mal?

Calma, não podemos generalizar… 

O que dissemos acima é: os jogos têm o poder de deixar os jovens imersos, mas isso não é uma exclusividade dos games. 

Até mesmo redes sociais muito dinâmicas, como o TikTok e o Instagram, também podem gerar esse efeito.

E os adultos também não estão imunes a essa imersão, mesmo sem jogar. 

Sabe quando você começa uma série ou livro muito interessante e não consegue parar? 

Que diferença existe entre esse seu comportamento e o do seu filho jogando uma partida online com os amigos? 

Então, temos que tomar cuidado com generalismos. 

Os jogos podem oferecer coisas boas, contudo, o que os pais devem fazer é ficar de olho no tempo dedicado aos games.

Atenção para os tipos de jogos

Outro ponto que também já foi levantado em estudos: os jogos não são todos iguais

Existem aqueles que, de fato, não oferecem bons ensinamentos e são pura diversão. 

Em muitos casos, essa diversão pode até ser politicamente incorreta, como é o caso de séries famosas de jogos. 

Um bom exemplo é o famoso GTA, um jogo de mundo aberto com bastante violência e apologia à criminalidade.

Por outro lado, existem jogos que exigem raciocínio lógico, planejamento, coordenação motora e interatividade. 

E tudo isso pode oferecer boas experiências.

Um exemplo é o Minecraft. 

O jogo é como um lego digital misturado com um quê de técnicas de sobrevivência. 

Existem gamers de Minecraft que ensinam os jovens a realizar construções incríveis, criativas e que exercitam o cérebro muito mais do que algumas atividades culturais. 

Ou seja, não dá para cravar que jogos fazem mal para as crianças, isso vai depender muito mais da rotina e quantidade de horas jogadas e qual game seu filho está jogando. 

4 formas de proteger o seu filho dos excessos de jogos eletrônicos

1. Monitore o tempo de jogo

O primeiro passo para controlar os excessos é monitorar o tempo de dedicação aos games. Não existe uma regra que determine quanto se deve jogar por dia, mas você pode fazer ações simples, tais como:

  1. Determinar um horário fixo para os jogos (por exemplo, depois da escola, após o término da lição de casa e antes de servir o jantar);
  2. Contabilizar o tempo durante o final de semana para poder conversar com seus filhos sobre exageros com base em dados, ou seja, no tempo que você monitorou;
  3. Criar uma rotina de tarefas que, uma vez feita, dá direito ao tempo de jogo.

2. Jogue junto!

Você pode até não estar acostumado(a) com os jogos, mas isso não significa que eles não vão te agradar. 

Se aproxime dos seus filhos e jogue junto com eles. 

Essa é uma ótima forma de passar um tempo em família, determinar a hora de parar com os jogos e dar uma espiada no teor dos jogos favoritos. 

3. Tire os games do quarto

Se você desconfia que seu filho está exagerando na hora de jogar ou está tendo contato com jogos que você reprova, como vai monitorar a atividade se foi dada a permissão para que ele jogue em seu quarto com a porta fechada?

Como estamos tratando de um menor de idade, judicialmente os pais respondem pelos seus atos dos filhos e é aconselhável sempre estar ciente do que fazem, seja no celular, no computador ou dentro do próprio quarto.

Apesar de ser o reduto do seu filho, as atividades digitais devem ser monitoradas, o que inclui a frequência de exposição e os tipos de jogos eletrônicos consumidos.

4. Converse sobre o assunto

Por fim, nunca abra mão do diálogo

Converse com seus filhos sobre sua preocupação e tente fazer acordos para ter uma boa convivência. 

Proibir os jogos é algo bem contraindicado, inclusive os games que são menos educativos. 

Uma estratégia interessante é mostrar outras possibilidades de jogos, fora das telinhas.

Portanto, em vez de agir de forma enérgica, converse com seus filhos, demonstre que você se preocupa com eles, mas que não quer fechar questão. 

Um game tem um tema que te preocupa? 

Fale com seu filho sobre como aquilo não é exemplo e sobre como é importante separar realidade de fantasia. 

O tempo de jogatina está exagerado? 

Então fale sobre isso e proponha atividades que podem ser inseridas na rotina para substituir um pouco o videogame.

Outra alternativa é que, como o adolescente tem a dificuldade da autorregulação, existem aplicativos para controle de tela.

Assim, você consegue ter maior controle e estipular os limites de uso de celulares, tablets e videogames.

6 benefícios de jogar vídeo games

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Como a gente já te contou, nosso papo aqui não é realizar julgamentos, portanto, agora é hora de trazer o outro lado da moeda, ou seja, alguns benefícios que os jogos podem trazer.

1. Capacidade de raciocínio lógico

Existem alguns jogos que exigem muito raciocínio, seja para passar de fase ou cumprir alguns desafios pontuais. 

Esses momentos exercitam e exigem do cérebro tanto quanto aquelas revistinhas de problemas de lógica.

2. Contato com idioma estrangeiro

Muitas crianças dos anos 90 relatam que seus primeiros contatos e aprendizados da língua inglesa ocorreram por causa dos jogos, que na época não continham a opção de tradução do conteúdo.

Por mais que pareça algo simples, o contato frequente com o idioma estrangeiro facilita o aprendizado de certos termos e expressões. 

Para os alunos que já fazem aulas para dominar outra língua, os jogos podem ser um momento de interação com o idioma, bem nos moldes daquela recomendação clássica dos professores, que falam sobre a importância de “ver filmes e séries sem legenda ou com legenda em inglês”

3. Possibilidade de estreitar laços

Muitas pessoas fazem grandes amigos jogando videogame. 

Existem até mesmo casos de pessoas que começaram a sua amizade por meio dos jogos online. 

Mesmo que você acredite que amigos de verdade são aqueles “de carne e osso”, acredite: muitos players passam bastante tempo em contato usando aplicativos de chat e, ao longo dessa interação, amizades verdadeiras podem nascer. 

4. Melhoria de reflexos

Alguns jogos têm como marca registrada a necessidade de comandos rápidos e precisos, e tudo isso pode contribuir para elevar a coordenação motora e a rapidez de raciocínio dos jovens.

5. Alívio do estresse

Não podemos negar que certos jogos são bem relaxantes e divertidos e servem para dar aquela desestressada básica após um dia difícil. Isso serve tanto para jovens quanto adultos, tudo vai depender do game escolhido.

Mas uma coisa é fato, algumas empresas focam em produzir games que conseguem fazer você esquecer um pouco dos problemas. 

E isso não é ruim, afinal, cada pessoa busca uma válvula de escape diferente,e não há nada de errado em usar os games para essa finalidade.

6. Diversão em família

Existem diversos jogos feitos para serem jogados em equipe, o que abre margem para que eles se tornem uma grande diversão para toda a família

Esse tipo de jogo vai gerar boas risadas e ainda vai contribuir para criar momentos de interação familiar com base naquilo que as crianças gostam. 

Então qual é o limite?

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Pense o seguinte: tem gente que exagera na atividade física, outras exageram na bebida e há quem exagere no tempo que passa na cama no final de semana. 

Para cada um desses exageros existe um limite e um procedimento ideal para solução, concorda?

Como a gente já disse, não existe um limite pré-determinado sobre os games. 

Tudo deve ser feito com base na observação do tempo dedicado à atividade e quais são os comportamentos que os jogos estão desenvolvendo nos jovens.

Portanto, é difícil cravar quando as coisas estão saindo do controle, e é aqui que você tem papel fundamental, seja como observador em um primeiro momento ou como um tomador de decisão após diagnosticar o problema. 

Pense da seguinte forma: crie limites para os dias de semana. 

Converse com seus filhos, analise as agendas e compromissos e determine quais são as horas livres para a jogatina.

No final de semana é possível relaxar um pouco mais e não criar tantas limitações, mas também é importante monitorar se os pequenos estão usando todo seu tempo livre para a mesma atividade.

Caso você perceba que os jogos estão dificultando muito a relação e gerando desafios comportamentais, não deixe de buscar ajuda profissional. 

Pais sempre atentos

Deu para perceber que não existe uma resposta clara se os jogos eletrônicos fazem mal ou não. 

Mas uma coisa é fato: eles sozinhos não são capazes de salvar nem destruir um jovem. 

Quem se perde no mundo dos games, com certeza não teve um bom acompanhamento dos pais. 

A culpa não é dos jogos, mas sim da falta de limites e do excesso de liberdade

Então, fica a nossa dica: aquela frase sobre bebida, muito conhecida por nós adultos, cai muito bem aqui. 

Apreciar com moderação é o caminho ideal para evitar desgastes e problemas na escola ou comportamentais.

Lembre-se que jogos eletrônicos podem, sim, gerar vício e até abstinência quando se tenta diminuir o número de horas nas telinhas. 

É um assunto bastante importante e de difícil manejo, por isso é necessária a fiscalização dos pais.

Gostou da nossa reflexão?

Então não deixe de visitar o nosso blog para conferir outras discussões importantes para os papais e mamães que desejam oferecer o melhor para seus filhos.

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