A ação de monitorar o comportamento digital dos filhos é algo que deixa muitos pais divididos. Por um lado, muitos ficam com medo de estar invadindo a privacidade da criança ou do adolescente.
Mas, por outro, muitos também sentem que devem observar de perto o que os filhos estão fazendo na internet, seja para proteção deles mesmos ou para evitar que se engajem em atividades prejudiciais para os outros, como cyberbullying.
E, de certo modo, o monitoramento é mesmo necessário: uma pesquisa norte-americana apontou que 43% dos adolescentes alteram seu comportamento online quando seus pais os estão observando.
Isso significa que, quando estão desacompanhados, eles podem estar em contato com atividades e pessoas impróprias, como abusadores, desafios perigosos e outros riscos que menores de idade correm online.
Por isso, neste post, vamos mostrar como você pode saber o que seu filho faz na internet e quais ferramentas podem ajudá-lo nessa tarefa. Acompanhe!
Como saber o que meu filho faz na internet?
1) Monitore-o conforme a idade
De acordo com a idade do seu filho, convém monitorá-lo de formas diferentes. Por exemplo, há conteúdos que não são adequados para crianças, mas podem ser consumidos por adolescentes.
Mas é claro que certas situações exigem monitoramento contínuo, independentemente da idade.
Para isso, o computador (se for um desktop ou laptop fixo) deve ficar em um local centralizado da casa, e os celulares só devem ser permitidos a certas horas. Adolescentes podem ter um pouco mais de liberdade e privacidade, mas é importante que você ainda assim saiba que aplicativos ele usa e com quem se relaciona.
2) Saiba diferenciar privacidade de segurança
Não adianta: às vezes, a única forma de saber o que seu filho faz na internet é analisando diretamente o que ele está fazendo – de preferência, na presença dele.
Mas, sim, há pais que passam da conta e acabam limitando a mínima liberdade e privacidade que crianças e adolescentes precisam.
Para evitar ultrapassar esse limite, crie um círculo de confiança para que as crianças e adolescentes se sintam confortáveis em compartilhar com você sua vida.
Explique que é necessário que os pais controlem as informações que os filhos acessam, mas que eles também têm direito à privacidade em alguns aspectos.
Assim, você não precisará vigiá-lo, e as informações virão naturalmente.
3) Reconheça que seu filho nem sempre está seguro trancado em casa
A internet traz um mundo de possibilidade para nossos filhos, mas também perigos e riscos que já não podem ser evitados nem pelas paredes e portas das nossas casas.
Por isso, é importante acompanhá-lo sempre, não só para proibir certos usos da internet, mas também para ensiná-lo a usar. Essa é, talvez, uma das formas mais eficientes de protegê-lo na web.
4) Crie acordos e regras para seu filho seguir
Para evitar que a proibição e monitoramento seja uma decisão de via única e imposta à criança ou adolescente – o que pode gerar atritos –, estabeleça alguns acordos e regras que eles devem seguir para acessarem a web.
Isso indicará que você confia neles e que não há necessidade de mentir – e também mostra que, à medida que eles estão crescendo também há possibilidade de se responsabilizarem por suas atitudes e de, aos poucos, tomarem decisões, o que contribui para aumentar sua autoconfiança.
5) Converse com seus filhos sobre segurança online
O diálogo entre pais e filhos é sempre importante, e nesse caso não é diferente. Assim, para fazê-los entender o porquê da sua preocupação e da importância de saber o que ele faz na internet, você deve conversar com ele sobre o assunto.
E faça isso de tempos e tempos.
Converse sobre a importância da segurança na web para ele e seus amigos, conversem sobre as tendências online, enfim, mostre que você sabe o que está acontecendo e o que é importante para ele.
6) Use os aplicativos que eles usam
A melhor forma de compreender o que seu filho faz na internet é acessar os mesmos apps que ele. Isso dará ideias de como os aplicativos funcionam e a quais conteúdos crianças e adolescentes estão expostos.
4 softwares e aplicativos para monitorar seu filho na internet
1) AppBlock
Aplicativo para ser instalado no celular do seu filho, o AppBlock pode bloquear outros aplicativos, downloads e recursos (chamadas, fotos, vídeos), segundo aquilo que os pais quiserem.
Também é possível criar perfis de bloqueios conforme horários etc. A desinstalação pode ser bloqueada, evitando que seu filho retire o app do celular.
2) Google Family Link
O Google Family Link é um aplicativo com várias funções para saber o que seu filho faz na internet, como bloquear downloads e compras, delimitar tempo de uso, verificar tempo de uso e aplicativos usados, restringir conteúdo acessado etc.
3) Free Facebook Monitoring
O Free Facebook Monitoring é uma ferramenta exclusiva do Windows para o Facebook. Ela capta e armazena todas as imagens da navegação do seu filho, desde o login até o logoff no Facebook.
4) Screen Time
O Screen Time é um aplicativo de controle parental que também monitora o que é visto nos conteúdos, redes sociais e sites que seu filho acessa pelo celular.
As palavras usadas no navegador podem ser vistas pelos pais, e também é possível controlar o tempo que o filho fica no aparelho. Na versão paga, é possível até interromper a atividade que está sendo realizada pelo celular.
Encontrei algo estranho! O que faço?
Se mesmo com toda a atenção e cuidado você ainda pegar seu filho acessando conteúdos estranhos ou se percebe que seu comportamento mudou e que isso está relacionado a algo que ele acessa na internet, é uma boa ideia ressaltar com a criança ou o adolescente a importância da segurança na web.
Deixe claro que você não quer que ele visite certos sites e acesse certos conteúdos, e explique quais comportamentos são aceitáveis na internet e quais não são.
Se mesmo assim houver desobediência em relação ao acesso a certos conteúdos e sites ou relacionamento com pessoas suspeitas, pode ser necessário, restringir ou mesmo interromper o uso da internet por algum tempo, até que seu filho entenda o que é seguro fazer online.
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