Muitos pais, especialmente aqueles que iam muito bem na escola, não sabem como incentivar os filhos a estudar.
Isso é bastante comum, especialmente se pensarmos que antigos comportamentos punitivos adotados pelas gerações passadas – como dar castigos severos por notas baixas – é algo que mudou muito nos últimos anos.
Felizmente, não é preciso punir para provocar mudanças.
Fazer com que seus filhos peguem “gosto pelo estudo” é algo que vai envolver o seu envolvimento na rotina das crianças, a sua criatividade e um bocadinho de estratégia.
Neste artigo, apresentamos alguns métodos que podem ser adotados em casa para você saber como incentivar o seu filho a estudar e reduzir aquela ideia de que a escola é um fardo, uma obrigação “chata”.
Boa leitura!
O que você vai ver nesse artigo:
9 dicas para ajudar filhos a ganharam “gosto” pelos estudos

Vamos começar resgatando uma frase de Paulo Fochi, educador e pedagogo especialista em educação infantil:
“A função da criança é viver a experiência; a do adulto é criar condições para a experiência.”
Trocando em miúdos, o que Fochi quer dizer é que se você deseja que uma criança aproveite algo, é muito importante que os adultos se esforcem para criar um contexto favorável.
Portanto, se você pretender ajudar seus filhos a se tornarem mais engajados na escola, será necessário sair da zona de conforto e realizar algumas mudanças na sua vida e na vida deles.
Veja algumas dicas:
1. Certifique-se que o ambiente de estudo é agradável
Fala sério: você gostaria de estudar em uma sala pouco iluminada?
Como seria sua motivação ao se preparar para a primeira prova que fará na vida ou então a mais importante, como o vestibular, sentado em uma cadeira dura e uma mesa muito alta?
O gosto pelo estudo começa pela qualidade do ambiente ao seu redor.
Portanto, é preciso criar um local iluminado, bem organizado, com material disponível e até com uma decoração legal.
Tudo isso vai fazer com que aquele momento de obrigação não tenha “sofrimentos extras” como desconforto térmico ou uma ergonomia prejudicial.
Também fique de olho nas possíveis distrações: o ambiente de estudo pode ser descolado, mas precisa estar longe dos “ladrões de atenção” como televisores, computadores e brinquedos.
2. Faça as vezes de secretário dos estudos
Muitos profissionais de alto gabarito são excelentes na execução do seu trabalho, mas péssimos para planejar uma rotina diária ou distribuir as demandas ao longo da rotina.
É por isso que eles contam com secretários que fazem essa função.
Neste sentido, lembre-se que a capacidade de organização de uma criança ou de um adolescente costuma ser inferior à dos adultos.
Portanto, você pode ajudar – e muito – ao construir uma agenda de estudos.
Coloque nela as atividades do dia a dia (como aulas de inglês, natação, balé, etc) e crie janelas de estudo.
Essas janelas são os momentos onde seu filho deve focar nas atividades escolares, seja a lição de casa, a leitura de um livro ou uma revisão dos conteúdos aprendidos em sala de aula.
Ao construir essa agenda, você terá dois benefícios:
- O primeiro é saber exatamente quando seus filhos devem ser cobrados para realizar as atividades da escola.
- O segundo é o fim das discussões do tipo “eu só estudo e não tenho tempo pra mais nada”.
Ao reservar momentos de obrigação e diversão, ficará mais fácil explicar para os pequenos que é assim que a vida funciona e que há espaço para fazer de tudo, desde que haja organização.
3. Converse sobre o que foi aprendido
Puxe assunto, pergunte sobre a rotina na escola e peça para seu filho te contar um pouco do que aprendeu.
Fazendo isso, você o ajuda a relembrar as matérias da escola e ainda tem a oportunidade de começar um papo interessante com ele, no qual ele não faz o papel de ouvinte, mas de condutor da conversa.
Alguns temas podem até gerar menos interesse ou discussão, mas alguns têm potencial para alimentar uma conversa que dura horas!
E, ao notar que a escola “rende assunto” em casa, é provável que seu filho fique ainda mais interessado no conteúdo.
4. Esteja presente e ofereça ajuda
Acredite: muitos pais não se envolvem com a lição de casa por acreditar que aquilo é um “problema” exclusivo da criança.
Algo como “se meu pai não me ajudava, por que ele precisa de mim?”.
Bom, isso pode até gerar uma autonomia e independência, mas a que custo?
É bem mais provável que seu filho passe a detestar a lição, sofra ao realizar as atividades e ainda sinta-se totalmente desamparado para lidar com suas frustrações escolares.
Não é preciso ser meritocrata, tampouco fazer a lição no lugar dele.
O ideal é equilibrar.
Se a sua ajuda for requisitada, avalie o problema, provoque a criança a buscar a solução, mas não se negue a contribuir de forma alguma.
5. Não esqueça do suporte emocional
Na dica acima demos um exemplo do que a falta de suporte emocional pode causar: uma aversão aos deveres e irritação quando for necessário estudar.
Você quer evitar justamente isso, concorda?
Portanto, dê suporte emocional sempre que necessário.
Ofereça amparo quando seu filho se sentir incapaz, converse com ele para ajudar a retomar a calma e a concentração e elogie trabalhos bem feitos.
Quanto mais você se envolve de forma afetiva e preocupada, maiores são as chances da criança sentir que o momento de estudos é também uma oportunidade de se conectar positivamente com os pais.
6. Respeite o estilo e ritmo de aprendizagem do seu filho
Esqueça aquela ideia de dizer “seu primo tem a mesma idade que você, mas já está resolvendo a lição sem perguntar para sua tia”.
É necessário respeitar o tempo de aprendizagem de cada um.
Esse processo varia muito entre as pessoas e nem sempre ele significa uma dificuldade para entender as coisas, mas sim uma outra forma de raciocinar e absorver conhecimento.
Quer um exemplo?
Algumas crianças aprendem melhor lendo livros e vendo ilustrações sobre algo.
Enquanto isso, outras podem captar o mesmo conhecimento através de interações com pessoas ou vendo conteúdos em vídeo.
É por esses e outros motivos que muitas escolas e instituições de pedagogia se debruçam em entender e estudar a fundo os tipos de aprendizado.
Assim, as crianças podem captar conhecimento no ritmo delas, sem prejudicar seu desenvolvimento ou fazer com que a escola pareça uma tortura.
7. Crie um sistema de metas
Seu filho precisa aprender as operações básicas de matemática para a prova do fim do mês, mas você percebeu que ele detesta o assunto?
Que tal fazer um processo de “gamificação” desse aprendizado?
Você pode criar metas para que a criança interprete aquilo como uma missão de um joguinho que ela gosta, dessa forma, ela pode se sentir positivamente desafiada.
Mas só tome cuidado para não transformar esse método em um sistema de oferta e recompensa.
Não deixe de reforçar que estudo é obrigação e que as metas servem para nortear o caminho e não desbloquear benefícios.
8. Reconheça o esforço
“O importante não é ganhar, mas sim competir”.
Lembre-se dessa famosa frase do Barão de Coubertin – o fundador dos Jogos Olímpicos – na hora de conversar com seu filho sobre desempenho na escola.
Dê suporte e amparo se, porventura, ele falhar após se esforçar.
E celebre quando o sucesso vier.
O importante aqui é demonstrar que você está ao lado da criança, mesmo quando ela não atingir o resultado esperado (seja por você, pela escola ou por ela mesma).
Aponte sobre a importância do esforço e motive-a para que ela sinta-se desafiada a dar o seu melhor sempre.
Conforme você demonstra a evolução e o sucesso que uma criança está tendo, fica mais fácil para reduzir a resistência ao estudo.
9. Adote a disciplina positiva
A disciplina positiva é uma metodologia que debate como as crianças podem ser educadas sem que os pais tenham que recorrer às punições, castigos, gritos e até às recompensas.
Ela é pautada pelo respeito mútuo, comunicação não-violenta, empatia e foco na solução.
Existem diversos livros que abordam este assunto e ensinam os pais a desenvolverem ações de disciplina positiva.
Portanto, fica a provocação: por que não tentar algo diferente?
Por que meu filho não gosta de estudar?

Vamos ser sincero: por que muita gente não gosta de trabalhar?
Talvez seja porque é preciso acordar cedo, talvez a razão esteja no tempo longe de casa e dos amigos ou então porque não há tanto interesse na atividade desempenhada.
Percebe como uma pergunta ampla como essa não tem uma resposta única?
Não é possível “cravar” o porquê de uma criança não gostar de uma determinada matéria ou tema.
Existem inúmeras razões que podem justificar esse comportamento, que vão desde os interesses próprios do indivíduo até um relacionamento ruim com um professor.
Portanto, pense que é normal as crianças apresentarem alguma rejeição.
Porém, se tudo é rejeitado e você não sabe como incentivar seu filho a estudar, então isso é um sinal de que algo precisa ser revisto.
Caso o desinteresse seja total, vale a pena consultar o orientador educacional da escola e a coordenação para tentar entender o caso e, se possível, buscar auxílio de um psicólogo.
Mas, atenção!
Nem sempre o não interesse em estudar se trata apenas de falta de engajamento.
Pode-se tratar de dificuldades.
Quando uma criança perde o interesse por algo, isso pode ser reflexo de situações como:
- Falta de compreensão de um conteúdo;
- Problemas de relacionamento na escola;
- Dificuldade para expressar que precisa de ajuda.
Nessas situações, vale uma boa conversa para entender o cenário e, se notar que ainda é preciso, busque a orientação profissional.
A importância da participação dos pais na vida escolar dos filhos

Pais que participam da educação dos filhos estão mais preparados para auxiliá-los nas atividades escolares e enxergam com mais facilidade os desafios de aprendizado ou de convivência social que as crianças podem enfrentar.
Portanto, fica a dica: construa esse hábito de ser um pai ou mãe interessada no estudo e vida escolar dos filhos.
Mesmo quando você chegar do trabalho cheio de cansaço, dedique um pouco de atenção aos assuntos escolares, e o mais importante: participe dos eventos propostos pela instituição.
Isso vai muito além de ir na celebração do dia das mães, quando todo mundo está alegre e falando de coisas felizes.
Você precisa estar presente em momentos de reflexão, como a reunião de pais e mestres ou caso seu filho seja chamado na diretoria.
Desenvolver essa postura pode impactar positivamente a vida da criança durante toda a idade escolar, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.
Por exemplo, quem cresce em um lar onde pai e mãe se importam com a escola dificilmente vai querer desistir de tudo quando o vestibular chegar e for necessário muita dedicação aos estudos.
Então, seja presente e interessado.
Essa é a melhor maneira de se tornar um parceiro do seu filho ao longo de sua jornada educacional e de vida.
Estudar não precisa ser um bicho de sete cabeças!
E o seu filho precisa saber disso.
Gostou das nossas dicas sobre como incentivar seu filho a estudar?
Nós adoramos compartilhar esse tipo de conhecimento com os pais e mães que buscam oferecer às crianças mais afeto e carinho envolvendo a rotina educacional!
Afinal de contas, nós do Objetivo Sorocaba acreditamos que a educação é transformadora, mas que juntos nós temos o potencial para transformá-la também.
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