Como criar filhos emocionalmente fortes? 6 dicas para aplicar + Teste rápido

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Como garantir que nossos filhos cresçam emocionalmente fortes?

Bom, se você está lendo esse texto sobre a criação de filhos, podemos presumir que chegou à vida adulta com sucesso, mas não sem perrengues.

A menos que você seja extremamente sortudo(a), deve ter passado por altos e baixos neste período.

Embora não sejamos capazes de mudar muito do que nos acontece, saber reagir aos acontecimentos de forma madura e saudável é fundamental. 

E é por isso que desenvolver essa capacidade desde a infância é tão relevante. 

Veja abaixo algumas dicas de como trabalhar as emoções do seu filho, desde pequeno.

6 dicas para criar filhos emocionalmente fortes

1. Fale sobre sentimentos 

Ei, não se preocupe. 

Sabemos que falar sobre sentimentos é complexo, mesmo para adultos.

Mas é bem importante criarmos esse hábito entre os pequenos. 

Nomear os sentimentos e citar, inclusive, a palavra ‘sentimentos’ faz parte do reconhecimento das emoções. 

Para crianças pequenas, vale ajudá-los a identificar o que estão sentindo. 

“Isso que você está sentindo se chama arrependimento.” 

Bem claro, sabe? Entender as emoções é um grande passo para a inteligência emocional. 

2. Inclua o pequeno na vida familiar 

Nem tudo na vida são flores.

Essa é uma máxima que pode ser ensinada, aos poucos, ao seu filho.

Inclua a criança nos pequenos dramas familiares. 

Permita que ele participe e dê pitacos (mesmo que não façam sentido) para colaborar com a solução. 

É importante que a criança saiba que alguns dias serão mais difíceis que outros, e que isso não é motivo para deixar de seguir em frente.

No futuro, com certeza seu filho viverá algumas frustrações. 

Nesses momentos, será importante como ele irá reagir e dar a volta por cima, encontrar soluções.

3. Permita que a criança erre

“É errando que se aprende.”

Com certeza, você já ouviu essa frase, né?

Ela faz muito sentido. 

Erros fazem parte do processo, inclusive na infância. 

Se a criança tiver medo ou vergonha de errar, poderá ter medo de tentar. 

Procure orientar e supervisionar o pequeno, mas permita que ele dê os próprios passos.

E, quando ele cair, você estará lá para ajudá-lo a se levantar.

4. Dê o exemplo

Raramente falamos sobre educação e paternidade/maternidade sem bater na tecla do exemplo.

As crianças aprendem com os pais, e isso é inevitável.

Se você quer que a criança seja mentalmente forte, precisa transmitir essa ideia. 

Fale sobre seus objetivos pessoais e mostre à criança o que você faz para evoluir e se tornar uma pessoa melhor.

Com um linguajar compreensível para a idade do seu filho, tente mostrar como você lida com os desafios do dia a dia.

Como, por exemplo, não desistir de resolver um problema logo de cara, assim, mostrando persistência.

5. Estabeleça compromissos

De nada adianta querer focar na saúde mental da criança se os pais e familiares que com ela convivem não fazem o mesmo.

Pais que não têm disciplina e comprometimento dificilmente passarão uma ideia diferente para os filhos.

Estabeleça pequenos compromissos com as crianças, e não permita que elas o descumpram.

Podem ser coisas simples – escovar os dentes, tomar banho e guardar os brinquedos.

Você já deve ter percebido, mas nem sempre eles estarão dispostos a executar essas tarefas.

No entanto, faça com que entendam que elas assumiram esse compromisso com você.

Será um importante passo para o desenvolvimento da autodisciplina e do autocontrole. 

Ao mesmo tempo, se fizerem uma promessa ao filho – por exemplo, de que vão brincar com ele depois do expediente de trabalho -, evite descumprir. 

Não dê margem para que a criança pense que não há consequências para quem não cumpre com a palavra.

6. Ensine valores e princípios

O caráter é algo que deve ser moldado desde a infância. 

Mesmo que algumas pessoas recorram a trapaças e ao “jeitinho brasileiro” para resolver problemas, tente não passar essa ideia para a criança. 

Não permita que o pequeno aprenda que “desde que não for pego, tudo bem.” 

Ensine princípios e valores para que, por meio de um forte compasso moral, os pequenos possam aprender a tomar decisões corretas e acertadas.

Honestidade, empatia e compaixão são valores que podem não estar na moda, mas que são muito relevantes.

3 atividades que podem acalmar a criança 

Antes de mais nada, vale lembrar que muito do comportamento dos filhos é um espelho do comportamento dos pais. 

Com o tempo e o surgimento de novas influências, como o ambiente escolar e as amizades, as crianças vão se afastando desse molde único.

Enquanto isso, porém, os pais seguem sendo a maior referência, e é preciso que também tenham certo controle sobre os aspectos emocionais que os guiam.

Então, vamos sugerir algumas atividades que você pode fazer junto com os pequenos. 

Além de estimular o controle emocional, também é uma forma de fortalecer o vínculo entre vocês. 

1. Encher balões

Ok, sei que ninguém gosta muito de encher vários balões para festas de aniversários, mas esse exercício tem uma finalidade. 

A ideia aqui é nos ajudar a relaxar por meio da respiração correta. 

Primeiramente, você vai encher um balão até que exploda. Depois, encherá outro e, em seguida, permita que o ar vá saindo aos poucos, escapando pelo buraquinho.

Peça à criança que se imagine como um balão. Respirar fundo e, aos poucos, eliminar o ar. 

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Depois disso, instrua a criança a pensar em situações em que se sinta cheio, prestes a explodir ou incapaz de ficar parado. 

A partir daí, você pode sugerir maneiras de a criança enfrentar esse tipo de situação, evitando explosões e sentimentos reprimidos.

2. História da tartaruga

Para ensinar o autocontrole, uma boa pedida pode ser contar a história da tartaruga. 

Uma pequena tartaruga – vamos chamá-la de Zilá – se estressava e se cansava com muita facilidade.

Cansada de ficar sozinha, Zilá encontrou uma amiguinha tartaruga, a Filó. 

Filó ensinou a Zilá uma maneira de controlar a raiva e o estresse: entrar na concha, contar até 10 e acalmar os pensamentos.

Bom, as crianças não têm conchas, você pode pensar. 

Mas, ao ouvirem essa história, elas aprendem que vale muito a pena se acalmar antes de reagir a um estresse. 

Para lembrá-la da história, você pode entregar uma tartaruga miniatura para a criança sempre que ela estiver passando por algum momento difícil. 

Vale uma tartaruga de pelúcia, um desenho do bichinho ou, por que não, uma Tortuguita.

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3. Pintura de mandalas

Tanto crianças como adultos se beneficiam dessa atividade. 

Pintar mandalas estimula a concentração e a criatividade.

Ao mesmo tempo, promovem uma sensação de reflexividade, bem-estar e relaxamento. 

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A importância de não reprimir os sentimentos e pensar de maneira realista

Ajudar a criança a ver as coisas como realmente são pode parecer pouco relevante, mas fará muita diferença na construção cognitiva. 

Se uma criança é tímida, por exemplo, e não gosta de falar em público, o ideal é que ela trabalhe essa dificuldade aos poucos, sem catastrofizar. 

Adultos que não desenvolveram essa habilidade emocional podem virar catastróficos – pensamentos como “nunca vou conseguir emagrecer” ou “nunca mais vou ter um relacionamento” se tornam comuns.

Para evitar isso, trabalhe pensamentos realistas com o pequeno. 

Se ele tem medo ou vergonha de falar em público, incentive que pense “hoje vou tentar falar em público e vou conseguir”.

Mesmo que, na hora, dê tudo errado, ou que ele ainda não se sinta à vontade.

O importante é incentivá-lo a pensar que é possível e que ele pode conseguir!

Além disso, reprimir os sentimentos faz com que as emoções não sejam bem trabalhadas.

Isso vale principalmente para pais e mães de meninos.

Evite frases como ‘homem não chora’ ou ‘seja macho’.

Homens também podem e devem expressar sentimentos, e reprimi-los na infância pode causar problemas no adulto do futuro

Teste: seu filho é emocionalmente forte? 

1. Seu filho sabe identificar o que está sentindo?

Quando o pequeno está irritado, frustrado ou brabo, ele sabe diferenciar isso?

Consegue expressar (claro que quando já tiver idade suficiente para isso) em palavras exatamente o que passa pela cabeça dele? 

Se a resposta for sim, esse é um sinal de que a criança está desenvolvendo bem a inteligência emocional. 

2. Seu filho consegue se adaptar às mudanças?

Flexibilidade e habilidade de se adaptar a mudanças e situações inesperadas – e, nem sempre, positivas – são duas ótimas capacidades.

É algo difícil até para adultos.

Então, se o seu pequeno reagir bem ao inesperado da vida, saiba que ele está no caminho certo.

3. Seu filho tem amigos?

Não se preocupe com quantidade.

Uma criança que já está se desenvolvendo bem emocionalmente terá capacidade de criar vínculos e de se identificar com outras crianças. 

Mesmo um pequeno mais tímido deve ter amigos – mesmo que não muitos.

Dificuldade extrema de se relacionar e isolamento dos coleguinhas são sinais de alerta.

Veja também: Amizade na infância: o que pais precisam saber sobre o assunto

4. Seu filho é persistente?

Como a criança reage quando não está conseguindo cumprir uma tarefa?

Se o pequeno desiste rápido, é um sinal de que o nível de resiliência dele não anda muito bom.

Um pouco de frustração e até de irritação diante da necessidade de repetir uma tarefa é esperado, mas é preciso ficar atento caso a criança prefira desistir totalmente. 

5. Como está a autoestima do seu filho?

Aos poucos, as crianças vão desenvolvendo uma noção de identidade.

É a partir daí que um elogio ou uma crítica começam a ser bem recebidos ou a causar traumas.

A maneira como uma criança reage a um elogio e principalmente a uma crítica diz bastante sobre o processo de autoamor que vem desenvolvendo.

Não se preocupe. Esse processo não é simples, nem mesmo na vida adulta.

Mas, se você identificar que seu pequeno fica muito magoado ou preocupado com uma crítica, fique atento. 

Talvez a autoestima dele não esteja muito boa.

Veja também: Como elogiar uma criança: 15 elogios que elevam a autoestima

6. Como é a criatividade do pequeno?

A criatividade está normalmente relacionada a processos artísticos. 

Pessoas criativas, porém, encontram soluções para problemas mais rapidamente.

Também são capazes de propor ideias novas, e isso é muito bem recebido no mercado de trabalho.

Se a criança não sabe muito bem o que fazer quando depara com alguma situação inesperada, pode ser um sinal de que está faltando inteligência emocional.

  • Percebeu algum ou mais de um desses sinais no seu filho? Então, é hora de ajudá-lo a desenvolver melhor as habilidades socioemocionais

Inteligência emocional é uma construção

Criar filhos emocionalmente fortes não é tão difícil quanto parece.

Uma dica que vale para todas as pessoas (mesmo para aquelas que pensam que não precisam!) é fazer terapia

Não, não é coisa de louco. 

Paternidade e maternidade são processos complexos, e sempre podemos nos beneficiar de um auxílio externo, de pessoas especialistas em lidar com esse tipo de crescimento.

Procure, inclusive, avaliar a necessidade de acompanhamento psicológico para o pequeno.

No Objetivo Sorocaba, trabalhamos esse acompanhamento individualizado das crianças, procurando estimular o desenvolvimento emocional. 

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