Animais de estimação: Como eles ajudam no desenvolvimento das crianças

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Vamos encarar os fatos: se você tem um filho, em algum momento, ele vai querer um animal de estimação.

Pode ser porque viram na televisão, porque os coleguinhas de escola têm, ou simplesmente porque já viram os animais pela rua.

E talvez você seja um dos pais que vê esse pedido com muito receio.

Afinal, um animal de estimação é uma nova responsabilidade, e o adulto da casa é você.

Você sabia, porém, que pode ensinar seus filhos a dividir essa responsabilidade?

E que, de quebra, ter um pet traz vários benefícios para o desenvolvimento dos pequenos?

Vem conosco! Vamos contar tudo sobre isso.

Por que vale a pena ter um animal de estimação em casa com filho pequeno? 

Se você já conviveu com um animalzinho, sabe que eles são pequenas “bolinhas cheias de amor”.

Seja qual for o animal – cachorro, gato, passarinho, hamster, coelho, até mesmo um peixe -, o sentimento de ternura que emana de um bichinho de estimação é contagiante! 

Crianças são afetuosas por natureza! 

Com um bichinho de estimação em casa, essa demonstração de afeto se torna frequente e diária. 

Além disso, você pode (e deve!) estimular o senso de responsabilidade do pequeno com relação ao pet.

As crianças precisam entender que o animal não é um bicho de pelúcia.

Como quiseram tanto – e, com frequência, fazem muitos pedidos por isso! -, precisam também dividir os cuidados do novo morador da casa. 

Além de estimular a noção de responsabilidade, também ensina às crianças a importância de manter uma rotina!

Caso você more em apartamento, os cachorros vão precisar ser levados ao pátio em horas pré-definidas. 

E é importante que a criança esteja envolvida nessa rotina – mesmo que ela não leve o cachorro para passear sozinha.

Além disso, a criança também precisará aprender a respeitar o horário de sono do pet. 

Isso vai ajudá-la a entender que nem sempre poderão brincar exatamente quando querem! 

Um ensinamento que, adaptado a outras situações do cotidiano da vida adulta, é bem valioso!

5 formas que os animais auxiliam no desenvolvimento do seu filho

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1. Estimula o cérebro

O convívio com os pets acaba sendo mais um estímulo mental à criança, e é bastante benéfico, principalmente nos primeiros dois anos de vida, fundamentais para o desenvolvimento cerebral dos pequenos.

As crianças vão tentar abraçar os animais, vão levá-los para passear, vão fazer carinho neles.

Tudo isso auxilia no desenvolvimento das habilidades motoras!

2. Ajuda a fortalecer o sistema imune

Ao contrário da crença popular, bichos de estimação não são sempre o foco de alergias

O convívio com pets pode, inclusive, estimular o sistema imunológico das crianças. Isso faz com o risco de desenvolver duas doenças bem comuns – e trabalhosas para os pais -, como a asma e a dermatite atópica, diminua. 

Isso porque os níveis de imunoglobulina A, anticorpo presente nas mucosas que evita a proliferação viral ou bacteriana, aumentam quando em contato com animais. 

Assim, o sistema imunológico é fortalecido, e a chance de resfriados e problemas estomacais fica menor.

O contato com poeira e pelos dos animais não deixa de ser uma espécie de treinamento para o sistema imunológico, que se prepara para lidar com ameaças mais graves. 

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lembra, porém, que os animais podem transmitir doenças.

Então, é necessário manter hábitos de higiene, principalmente lavar as mãos após contato com os pets.

3. Ensina noções de vida

A relação com um animalzinho talvez seja a maneira mais fácil de ensinar aos pequenos sobre a finitude da vida.

Os pets crescem com as crianças, mas, infelizmente, a vida dos animais é muito mais curta. 

Apesar de ser bem difícil, para as crianças, enfrentar o luto, é uma maneira de ensiná-las que não somos imortais. 

Além disso, conforme a criança for crescendo, ela poderá assumir tarefas que lhe ensinarão a ter responsabilidade.

Afinal, se o pet não for alimentado, ele não saberá pegar a comida na despensa sozinho, certo?

4. As crianças ficam mais ativas 

Se você adotar ou comprar um cachorro, já pode esperar bastante agito pela casa.

E, claro, a criança terá um companheiro inseparável para brincadeiras.

Crianças e cachorros, principalmente os filhotes e mais novos, têm esse ponto em comum: energia infinita!

A interação com os animais de estimação não substitui o convívio com os pais, é claro.

Mas “terceirizar” as brincadeiras mais cansativas, que demandam maior esforço físico, aos melhores amigos é uma boa alternativa para aqueles dias que você chegou esgotado do trabalho.

Considerando que a Sociedade Brasileira de Pediatria ressalta anualmente a importância dos exercícios, aliada à alimentação saudável, para combater a obesidade infantil, quanto mais a criança se mexer, melhor!

5. Desenvolve sociabilidade e empatia

Sabe aquela coisa de “quem não gosta de cachorro nem é gente”?

Então, você não vai querer que digam isso de seus filhos, certo?

Brincadeiras à parte, a interação com animais de estimação ensina muito sobre empatia e regras de convivência.

Apesar de ser uma bolinha de amor, nem sempre o pet vai querer ser apertado ou amassado.

(Prática bastante compreensível, afinal, como não querer apertar um cachorrinho?)

Seus filhos terão de aprender a respeitar as vontades do animalzinho.

A criança entende que precisa aprender a lidar com outro “serzinho”, que também tem personalidade e vontade própria, e que demanda cuidados.

Expressar afeto com relação aos animais se torna natural. 

Isso faz com que as crianças também vejam com naturalidade demonstrar amor e carinho pelas pessoas que a cercam. 

A partir de que idade os pais podem liberar a interação com os animais de estimação?

Os especialistas acreditam que não existe uma idade específica para que os pais possam liberar a interação entre as crianças e os animais de estimação.

A criança pode nascer em uma família que já tenha animais e se adaptar perfeitamente a eles.

O pet pode chegar mais tarde, também, e ser incluído facilmente na rotina da família. 

Até que os filhos completem sete anos, os pais devem supervisionar essa interação com os pets, principalmente no que diz respeito aos hábitos de higiene das crianças! 

Também devem cuidar da higiene e da vacinação dos pets para evitar que possam oferecer riscos à saúde dos pequenos.

Como escolher o animal de estimação ideal para o seu filho?

bebe e animal de estimação

O comportamento do animal de estimação é reflexo da criação que recebe do dono.

Portanto, veterinários acreditam que não existem raças específicas de cachorros que são mais indicadas para o convívio com as crianças.

No entanto, é mais comum ver crianças interagindo com shih-tzus, maltês, yorkshires, poodles, labradores, golden retrievers, cockers, daschunds, spitz alemão, pastores de Shetland e, claro, com os vira-latinhas. 

O ideal é escolher um cachorro que seja sociável, brincalhão e dócil. A raça, nesse sentido, não é tão importante – é mais importante que o cachorro tenha uma personalidade apropriada para a convivência com uma criança.

Além disso, não são só os cachorros que são benéficos para as crianças! 

Gatos, pássaros, roedores e até peixes costumam ser ótimos animais de estimação, embora alguns interajam mais do que outros.

Dica: antes de escolher o pet, avalie a rotina familiar. 

Se os adultos da casa costumam passar muito tempo fora, talvez um cachorro não seja o ideal, na medida em que precisará passear. 

Talvez um gato, que se dá melhor dentro de casa, seja uma opção mais viável! 

Lembre-se: os pequenos certamente devem participar da criação e dos cuidados dos animais, mas não terão autonomia necessária para fazer tudo o que precisa ser feito.

Um gato, porém, não costuma ser tão adaptável às vontades dos humanos como os cachorros. 

Isso pode ser bem interessante – a criança precisará respeitar as vontades do gato. 

Para escolher o bichano ideal, é preciso avaliar a personalidade do gato. Algumas raças são um pouco mais sociáveis, como o persa e o maine coon, mas gatos são peculiares, então, não há regras. 

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) traz um bom compilado de dicas para quem está pensando em adotar ou comprar um animal doméstico – desde cachorro até tartarugas. Confira!

Outra dica: fique atento para a idade do pet. 

Um filhote pode não ser o mais adequado para crianças muito pequenas, que ainda não têm muita noção de tato nem consciência de que os pets podem sentir dor.

Até os cinco anos, recomenda-se que os pets sejam aqueles que não demandam contato físico constante, como peixes ou hamsters.

Aos poucos, a criança desenvolve noção do próximo, e estará pronta para cuidar de um bichinho de estimação sem machucá-lo!

Também procure se informar a respeito do tamanho do pet. 

Em seis meses, um filhote de cachorro pode ficar maior que a criança, e pode derrubá-la quando estiver muito agitado ou feliz. 

Bichinhos que transbordam amor em nossas famílias

Se você ainda não estava convencido a ter um animal de estimação antes de ler este artigo, esperamos que esteja mais favorável à ideia!

Um bichinho é um companheiro constante e será, sem dúvida, o melhor amigo do seu filho. 

Além disso, traz outros benefícios aos pequenos, incluindo fortalecimento do sistema imunológico.

São só vantagens, não é?

Informe-se bem para escolher um animalzinho que se encaixe na rotina familiar e desfrute – afinal, os benefícios não são só para as crianças!

Já tem um pet que convive com a família? Conta pra nós como funciona!

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